Muito menos impactante do que o primeiro livro sobre
a vida da protagonista, Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída... o
livro assim como o nome diz, trata da vida de Christiane após o sucesso do primeiro livro escrito há tantos anos atrás.
Do alto de
seus 51 anos, ela, que iniciou cedo seu contato com as drogas, relata momentos
de sua juventude, suas loucuras e buscas, por algo que nem mesmo ela sabia, mas
que a fazia experimentar das drogas mais fortes e dos sentimentos mais
intensos. Queria a paz mas só encontrou conflitos.
Como era de se
esperar, Christiane usou e ainda usa drogas ilícitas, acompanhadas agora das
drogas lícitas. Algumas para ameninar seu vício em heroína e outras para tratar
de doenças adquiridas ao longo dos anos, devido ao mau trato que Christiane fez
dele e da exposição aos diversos riscos
do compartilhamento de seringas, que lhe rendeu uma hepatite C.
Eu, que fui
uma leitora voraz do seu primeiro livro, senti uma certa tristeza por ela.
Afinal, Christiane não é uma personagem, é alguém bem real, que fez más
escolhas no passado e agora colhe os frutos dessa árvore doentia. É uma pena
dar-se conta que ela não conseguiu libertar-se do vício e que sua história não
teve o final feliz que as mentes sonhadoras que a leram gostariam.
Como ela mesma
disse, quem diria conseguiria chegar aos 51 anos? Chegou e que essa história
real sirva de lição aos jovens de hoje para que evitem o primeiro contato com
as drogas. Pois ele pode não ser apenas o prenúncio de mais uma história triste
que vem por aí, e de repente, nem tão longa quanto a dela, visto que ela mesma
considera um milagre que tenha vivido por tanto tempo.
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