segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Crise no Rio Grande do Sul



A nuvem da incerteza paira pela cabeça de todos os brasileiros. O que será do amanhã? Estamos em crise? Teremos emprego? Como será o futuro? Mas agora são os gaúchos que enfrentam uma crise sem precedentes muito de perto, o estado está falido. Não há dinheiro para pagar os servidores públicos integralmente e não se sabe quando isso será possível. Há paralisações das principais categorias que sofreram o calote do governo: saúde, educação e segurança. Ou seja, o estado além de falido está desmantelado de suas principais bases, e a população em geral vive uma segunda-feira negra, pois a crise estadual somada à crise nacional faz os gaúchos desanimarem ao imaginar onde é que isso tudo vai parar.

A crise no Brasil foi acentuada pela série de escândalos financeiros envolvendo líderes de partidos políticos ligados ao governo e a maior estatal do país, a PETROBRAS. Ao desvendar a tubulação que desviava dinheiro ininterruptamente para os bolsos de corruptos e corruptores, parece que não apenas a ligação clandestina foi estancada, como a própria torneira teve seu registro fechado. Não há mais dinheiro. A empresa mais lucrativa do país passou a dar prejuízo. O governo federal e seus aliados tentam estancar e amenizar os efeitos colaterais dessa crise, mas é inevitável que todos os brasileiros acabem pagando a conta. Seja através dos impostos que aumentam sucessivamente, da inflação e alta de juros, desemprego crescente e tantas outras coisas que ainda estão por vir.

Então, o Rio Grande do Sul que há anos vinha buscando recursos externos para tapar os rombos de sua economia interna, empréstimo após empréstimo, se viu mais uma vez com as finanças no vermelho, mas desta vez o governo federal não pode lhe socorrer como vinha fazendo no passado. O que fazer então? Parece que das tantas oções que Sartori e sua equipe poderiam escolher, ele optou pela mais dolorosa de todas, não pagar o salário dos seus funcionários. A crise era previsível, tanto que o próprio Sartori abdicou de dar a notícia, deixando o comunicado ser transmitido à população através de um terceiro. O Gringo tremeu nas bases e se encolheu, dando apenas um breve esclarecimento da sua medida através de um vídeo postado na internet.

Para esse povo que tanto se orgulha de ser trabalhador e que um dia até mesmo sonhou em se tornar uma nação independente, ver-se ridicularizado pela eminência da falência e ser comparado com a Grécia, é lamentável.


Agora resta saber se os gaúchos engolirão o sapo e aceitarão o calote em silêncio, com o rabo entre as pernas, ou se honrarão sua história e tradição de luta, se levantando contra os desaforos que andam levando para casa.

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