Entretanto, assim como o que
acontece com os passarinhos em seu ninho, chega uma hora em que é preciso
fortalecer as asas e voar por conta própria. Fico pensando naqueles pássaros, ainda
tão novinhos, que ao impelidos pela mãe ou pelo abandono dela, a sair por aí e
arriscar. Ver o que vai dar fora da zona de conforto. Se ele ficar ali parado
vai morrer de fome, ninguém lhe disse isso, mas por instinto ele sabe. Ficar
parado será a sua morte.
Então eles saem pela vida e
ensaiam os primeiros vôos, que na verdade são apenas pulos meio desajeitados,
quase não saem do lugar. Talvez seja o desespero que os estimulem a continuar
tentando, ou quem sabe seja a curiosidade de conhecer o que há para além
daquele seu pequeno mundo conhecido, que os incentiva a aperfeiçoar a técnica. O
fato é que depois de tanto tentar eles conseguem!
Pensei nisso hoje pela manhã, não
exatamente quando o despertador tocou, mas ao longo do processo de despertar. Às
vezes a gente precisa ser grata por coisas que não estamos acostumados, como
por exemplo, acordar cedo para trabalhar na segunda-feira. Isso significa
várias coisas boas, ao contrário do que o meu eu mal humorado pelo recém
acordar pode me sugerir. Isso representa que tenho saúde para viver mais um
dia, que tenho um emprego que garantirá o meu sustento e de minha família, que
eu tenho uma casa que me protege e dá segurança... e tantas outras coisas que
não valorizo com a freqüência que deveria.
Dizem que nos adaptamos a tudo nessa
vida, tanto as coisas boas quanto as desagradáveis. Ainda bem que podemos nos
comportar assim, isso vem garantindo a perpetuação da nossa espécie ao longo
dos tempos. Mas às vezes a gente precisa sair do piloto automático, parar e
pensar sobre todas as coisas boas que nos acontecem, ao invés de apenas
reclamar sobre aquilo que não temos ou sobre nossas frustrações.
É surpreendente perceber que
mesmo quando as situações são adversas, podemos aprender, adquirir experiência
e nos fortalecer como seres humanos. Nesses momentos ficamos mais compreensivos
com os nossos semelhantes e somos capazes de ter maior empatia para trabalhar
em equipe e solucionar problemas. Afinal, quando eu subo em meu pedestal de
perfeição e apenas olho os outros de cima, posso ter a impressão de que sou intocável
e que nada nunca poderá me derrubar... e quando essa falsa sensação de
perfeição nos atinge, nos tornamos arrogantes e o tombo desse pedestal é
grande...
O meu recado para esse início de
semana é simples: nós somos maiores do que os problemas e, por isso mesmo, nós
sempre encontraremos uma forma de vencê-los. Só não existe solução para a
morte, de resto, não está morto quem ainda luta! Hoje é segunda-feira o
primeiro dia de uma série de coisas boas que podemos construir e atrair para
nós!
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