segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Livro da semana: Encontre-me, de Romily Bernard

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Quem já viu uma história parecida?

Garota adolescente introspectiva com vários problemas de relacionamento, vinda de uma família totalmente desestruturada, busca a todo custo passar uma imagem de força. Entretanto, é frágil e sensível, basta apenas o cara certo para fazê-la se abrir. Seria ele um colega de escola altamente misterioso, lindo, inteligente e... perfeito?

Não, não estamos falando de Crepúsculo. Nesse romance não encontraremos vampiros ou lobisomens. A história em questão está no livro Encontre-me, da a
utora Romily Bernard. Nessa narrativa a autora nos mostra uma parte da destroçada e confusa vida da jovem Wick. Aos dezessete anos ela tem uma bagagem emocional bastante forte para uma garota da sua idade. Ao doze anos sua mãe se suicidou, não há um único motivo para que ela tenha feito o que fez, mas um conjunto de fatores, desencadeados pelos abusos e violências do marido. O pai de Wick fabricava metanfetaminas em casa. Um traficante da pior espécie, que além de vender drogas também era muito capaz de bater e matar, inclusive as próprias filhas, desde que isso se mostrasse necessário ou de alguma forma lhe desse prazer.

Após o suicídio da mãe, Wick e a irmã ficam sob os cuidados exclusivos do pai. Entretanto, elas eram constantemente maltratadas e espancadas por ele. Tudo o que viviam ficava apenas entre as irmãs, que não tinham coragem de denunciá-lo. Porém, por conta de seus atos ilegais, o pai das garotas é preso. Ficando elas desse momento em diante sob custódia da justiça. Wick e Lily pularam de lar em lar até chegar à casa de Bren e Todd, um casal aparentemente perfeito. Os dois sempre quiseram ter filhos, entretanto por Bren ser estéril nunca puderam realizar esse sonho, até a chegada de Wick e Lily. Agora as irmãs tinham uma vida de princesa, num bairro nobre da cidade, vivendo com uma família afetuosa e rodeadas de muito luxo.

Embora Wick não conseguisse abandonar de vez as imagens do passado e desfrutar da sua nova condição, Lily estava absolutamente acostumada a sua nova vida. Como Lily vivia insistindo, Wick queria estragar tudo. Afinal, a garota tinha uma vida dupla. Em frente aos pais adotivos e dos outros, ela tentava aparentar ser “normal”, mas no seu quarto ela mantinha um negócio paralelo, era uma hacker.

Embora sofresse bullyng dos colegas populares da escola (alguém já viu isso em outros lugares???) Wick tentava manter a vida sob controle. Até o dia em que uma de suas colegas de escola morre. O motivo? Suicídio. Mas porque Tessa, uma das líderes de torcida mais lindas e populares da escola iria renunciar a sua vida “perfeita”?

É aí que entra nossa heroína e suas artimanhas de hacker para desvendar o mistério. Mas ela não estará sozinha nessa jornada. Nesse meio tempo Wick terá se aproximado muito de Griff (o cara perfeito, lembram?) e juntos vão desvendar esse mistério. Porque não se trata apenas de uma morte isolada, mas de uma garota que se matou por causa de um homem com quem teve um relacionamento escondido e doentio. Um psicopata. Alguém doente o bastante para estuprar e inflingir dor em pobres garotas inseguras e frágeis. Como se isso não bastasse, ele tem uma nova vítima em mente, Lily!

Wick tem um outro problema, o mesmo policial que prendeu seu pai está diariamente rondando sua casa. Ela não sabe se ele desconfia de suas atividades ilícitas ou se está apenas tentando descobrir se as duas irmãs ainda mantém contato com o pai, que está foragido da polícia. Wick e Carson, o policial, não tem um bom relacionamento e estão sempre se agredindo verbalmente (ninguém explicou o motivo!).

Como se essa história não fosse suficiente para encher a cabeça da pobre Wick, adivinha quem resolve aparecer? O pai biológico maquiavélico de Wick e Lily! (Não fez a menor diferença para a história principal).

Como ela vai desenrolar esses dois casos malucos que invadiram sua vida? Quem será o tal psicopata que quer se aproveitar de Lily? Será que a família perfeita é realmente PERFEITA? Qual será o segredo de Griff? O que acontece com o pai de Wick?

Bom, gente, eu não vou contar o final! Seria sacanagem, né? Mas vou contar a minha experiência ao ler o livro: o psicopata é óbvio desde o início da história! Quando a esmola é muita o santo desconfia. Família perfeita? Fala sério... me mostra uma! O pai da Wick aparece e some sem nada acrescentar. Griff parece malzinho mas no fim é... (agora não conto mais nada!)

Se a pegada do romance para ser a de um suspense juvenil, meio bobinho e totalmente previsível, acertou em cheio o objetivo. Mas para quem curte algo conteúdo mais denso e bem amarrado, fica um pouco a desejar. Em termos gerais eu gostei do livro, como entretenimento para uma tarde chuvosa, ta legal.


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