ASSIM FALAVA ZARATRUSTA

Por muitos caminhos diferentes e de múltiplos modos cheguei eu
à minha verdade; não por uma única escada subi até a altura onde
meus olhos percorrem o mundo. E nunca gostei de perguntar por
caminhos, – isso, ao meu ver, sempre repugna! Preferiria perguntar
e submeter à prova os próprios caminhos. Um ensaiar e perguntar
foi todo o meu caminhar – e, na verdade, também tem-se de
aprender a responder a tal perguntar! Este é o meu gosto: não um
bom gosto, não um mau gosto, mas o meu gosto, do qual já não
me envergonho nem o escondo. “Este – é meu caminho, – onde
está o vosso?”, assim respondia eu aos que me perguntavam “pelo
caminho”. O caminho, na verdade, não existe!
(NIETZSCHE, 2002, p.272).
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